Em um mundo voltado para si
O egoísmo é a moeda mais forte
Observando sem ver, só se olha
O próprio reflexo é o que importa
O espelho da vaidade
É o que guia seus passos
Sempre em busca de admiração
Elogios, aplausos, aplausos
Mas quem é de fato esse ser
Que desvia sua atenção
Para exaltar o próprio eu
E ignorar a realidade da multidão?
É como um lago que reflete
Sua própria imagem ao amanhecer
Um espelho límpido e claro
Que jamais deixa o outro perceber
Seus atos, seus pensamentos
Só se resumem ao seu umbigo
Não há espaço para o outro
O narcisismo é o seu castigo
E assim segue a vida
Desnorteado, sem amor
Um ser que só vê a si mesmo
Esquecendo seu próprio valor
Mas quem sabe um dia desperte
E volte a olhar além do espelho
E aí descubra a real beleza
Da verdadeira vida a seu redor.
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