Ora,
Quem pois se importa em ouvir a lua?
Quem ainda gosta de olhar estrelas,
Romper concreto?
No sonho, há mais amor que na realidade.
Há mais escuta, há mais entrega,
Mais paixões resolvidas e cheias de intensidade.
Noutro tempo,
Quero ser astro...
Um simples e mero astro.
Para inspirar poetas,
Ser número de estrelas contadas
E iluminar as noites de casais apaixonados.
Noutro tempo,
Quero ser silêncio...
O silêncio da escuta,
Momento onde se inclina versos,
Instante onde orações se desnudam,
Autoestrada de emoções projetadas.
Noutro tempo não quero ser nada.
Quero apenas a imparcialidade de um astro celeste,
Ou a sinfonia da emoção almejada
Por corações que à noite prometem
E, durante o dia, não dizem nada.
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