Ao final de um grito surdo
Permanece o silêncio da amargura
De corações que choram
A dor que lhes perfura
O silêncio de um grito posto em toda gente
Escondido na maquilagem social
Dos povos do mundo que sentem
Mas que continuam a levar suas vidas com algum ideal
Que está atrás dos olhos, que mentem
Ao final de um grito mudo
Permanece a fala dos indigentes
Que sofrem pela dor dos seus parentes
E o horror churdo
Com que vivem e morrem os inocentes
Ao final da explosão tudo se torna nada
E os propósitos idealistas da humanidade maquilada
Se assumem no pó das cinzas de inúmeras casas
E no pó que embeleza tantas outras caras
Ao final de um grito vulgo
Permanece a dor contundente
De quem fala de humanidade sem esperança
E fala da indignidade com relevância
Ao final de uma grande explosão
Morre a fé e a comunhão
Mas não morre a futilidade do mundo
Ao final de um grito mudo
Que clama por um minuto de silêncio e atenção!
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Não é possível que aceitemos a guerra! Não é possível que aceitemos que vidas morram pelo petróleo, pela posse de terras, por diferenças religiosas, nem pela imposição do poder sobre nenhuma terra! Bush é um criminoso como são criminosos todos aqueles que por algum motivo acharam que dizimar vidas resolveria as diferenças entre países, entre as nações... Viemos ao mundo e nele habitamos, por muito tempo, sem que nada fosse de ninguém! Agora, quase tudo que nele há é de alguém. Lutemos então para garantir que o único direito que ainda é realmente nosso (a vida) não nos seja tirado, como está sendo tirado o de nossos irmãos que sofrem com a Guerra! Este poema é para as vítimas da guerra na Bósnia e para as vítimas de todas as guerras, ( a mais recente: Iraque - Comandada por George W. Bush ) além de ser para aqueles que pensam em fazer guerra e para os que indignadamente não concordam!
Vídeo escolhido para este texto:
http://br.youtube.com/watch?v=w65e_SAXWBQ
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