Poema de Bêbado
De tanto falar em saudade,
Eu quase senti!
Geralmente nem sinto...
Só do que já perdi.
Senti um aperto no peito
E quase me deito
No meio da rua,
Na praça e no jardim.
De tanto sentir esse aperto,
Meu olho encheu d´água...
Pensei se de mim
Sentirias mágoa.
Minha barriga gelou
E eu quase caí.
Senti o efeito do álcool
E me perdi...
Me perdi!
E por falar em mágoa e boteco...
Eu quase paguei!
Mas o dinheiro era pouco
E, de novo, pendurei!
Esqueci o mingau das crianças,
A carne do almoço,
Esqueci até mesmo da janta.
Mas eu vim...
Mas eu vim!
E por falar em chegada...
Cheguei até cedo!
Ainda é madrugada,
Não durmo direito.
Vou ao Bar do Romário
Que está aberto a esse horário.
Vou tomar mais uma com ele
Que sempre está perto...
E não visitá-lo... Não acho muito certo!
É meu amigo do peito
E só me xinga se grito ou me deito!
Mas não se preocupe, querida,
Que eu chego mais cedo.
E não é mentira ou lorota!
Se demoro
É que a ruas são tortas
E você, achando pouco,
Ainda demora com a porta!
E como ainda é cedinho...
Todo mundo acordando...
Eu vou saindo de fininho,
Vou voltar pro meu bando!
Te digo até breve, bendita!
E não fique nervosa,
Nem com mágoa e chorando.
Porque és minha amada
E isso eu vivo cantando!
Vou beber só mais uma...
Te juro, só uma!
Mas só a que estiver gelada!
E para isso, querida...
Desculpe,
Mas eu tenho que sair provando!
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