PRECISO TER AO MENOS FELICIDADE
Prodigiosamente
Resta-me no peito
Esse quê de incredulidade,
Coisa que se alimenta
Insinuantemente a cada falta de lealdade.
Sondo toda a realidade,
Obscura e tenebrosa,
Temendo encontrar outras questões
Eminentes e sem respostas
Rondando minhas ruas.
Ainda resta em mim
Oníricos sentimentos acrósticos.
Minimalista e, por vezes catártico,
Enveneno-me com meu ódio
Noticiando-me de um estágio final
Ostensivo, penoso e sem cura.
Sofrido, vivo essa dor de amargura
Feito chão que se abre e febre que invade
Enchendo de desencantos meu peito
Lácio e vazio
Infectando-me com o vírus
Consumidor dos meus conceitos
Independente do que sinto
Do que acredito e não vejo.
Ainda resta em mim um ínfimo preceito
Ditando um caminho diferente
Enquanto durmo desencantado com o que anseio
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