A Sina dos Amantes - Pour Elise
I
Triste sina a dos amantes
Que percorrem
Noites escuras
Procurando estrelas e apontando a lua
Que muda inconstante
Ao passar das horas
Oh, paixão arrebatadora
Que invade meu ser
Que é parte do tudo
Longe do nada
É ode do mundo
Em longa jornada
E caos uniforme
Das formas disformes
Sentir teu rosto rubro tão perto de mim
Desperta em meu ser caminhos sem fim
Oh, paixão convulsiva
De mal passadas horas
Tu és Doença corrosiva
Que invade minha vida
E reduz minha existência
A seu próprio querer
II
Se antes neste mundo
Eu pensava no agora
Hoje, para mim, não importa
Um segundo de hora
Entrarei em teu mundo
E cantarei teus encantos
E enquanto tu dormes
Velarei por teus mantos
O amor ensina as tochas
Como devem brilhar
Pende a face da noite
Com ricas jóias
Em seu despertar
Faz-nos indiferentes
Ante a beleza pura do universo
Não se define em linhas, palavras, nem em verso
Triste sina a dos amantes
Que nunca sabem quando devem não amar
E se afogam sempre em linhas curvas
Quando formas geométricas é o que devem buscar
Como então
Comer do pão
Sem antes provar do mel?
Como então dizer que ama
Sem nunca do amor ter provado um pouco do fel?
III
Que ame todo este ser como aquele
Que insistentemente procura no céu
As razões e circunstâncias da existência da vida
Triste sina a dos amantes
Que mudam inconstantes
O rumor de suas horas
Triste sina
A daqueles que se fazem
Indolentes
Ante a beleza da vida,
Envolventes
ante a certeza de vitória
E inconseqüentes
ante o amor e sua glória.
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